
Surpreendido pelo óbvio
Estamos acostumados a nos surpreendermos com o que não é óbvio, aquilo que ninguém jamais teria esperado. A boa filosofia, contudo, começa com um espanto que consiste, essencialmente, em ser

Jesus é simpático?
O ‘Jesus’ higienizado e açucarado que vemos sorrindo languidamente para nós em muitas pinturas piedosas é, na verdade, uma produção recente. É tão moderno quanto o ‘Marlboro Man’ (embora, provavelmente,

Futuro fictício
Ernst Bloch, um velho, porém interessante, neo-marxista, certa vez disse que a maior parte do que se passa em nossa mente aponta para o futuro – esperanças, sonhos, expectativas, antecipações,

Como (não) aprender uma língua
Quando eu era um garoto de nove anos, sendo criado em Kansas, certa vez fui chamado – com os outros pestinhas do bairro – a correr para a casa do

Transições precipitadas
O problema da maioria dos pensadores da moda é que eles pretendem transcender aquilo que nunca atravessaram, ultrapassar aquilo pelo qual nunca passaram, e deixar para trás aquilo que nunca

Uma outra lista de amores
C.S. Lewis escreveu um instigante livro intitulado The Four Loves (Os Quatro Amores), em que se apresenta uma clara taxonomia do amor, de acordo com suas variedades: a afeição familiar,

Edith e Elizabeth
Entre as insinuações que, com frequência, se tem dito contra a Igreja Católica, estão as seguintes: 1) a Igreja reprime mulheres, e 2) o filósofo/teólogo favorito da Igreja, Tomás de

Porque eu caminho (e muito)
Ser um peripatético (ou seja, um filosoficamente ambulante) é, em minha opinião, uma conditio sine qua non para cortejar a sabedoria. Mesmo Nietzsche falou que os grandes pensamentos só vêm

Destroços cristãos
Desde que fui contratado há duas décadas para ensinar Filosofia Medieval numa universidade secular brasileira, tenho tido tempo e recursos para mergulhar profundamente no mundo medieval. Eu já sabia, de

Dois antípodas da transcendência
Muitas tentativas têm sido feitas para defender a teoria de que apenas a realidade física seja real. Não obstante serem embaraçosamente frágeis e descaradamente ideológicas as tentativas, sua principal reivindicação

Quatro confusões contemporâneas
A vida já é bastante confusa; porém, desde o último século mais ou menos, quatro confusões gratuitas têm sido inoculadas na mente cotidiana, e eu tenho grande prazer em apontar

Stupiditas invicta – por que devemos amar a ignorância e detestar a estupidez
Conta-se que Einstein disse que existem apenas duas coisas infinitas: o universo e a estupidez humana; depois, expressou suas dúvidas sobre a primeira. Como professor, sou um grande fã da