A ferramenta das ferramentas e a forma das formas

As assim chamadas obras “lógicas” de Aristóteles foram reunidas e ordenadas sob o título “Organon” (instrumento, órgão) desde que seu primeiro grande editor as agrupou no Século I a.C. Parece que ele, Andrônico de Rodes, usou esse rótulo sugerindo que Aristóteles considerou o estudo da lógica como sendo o instrumento preparatório inevitável, substancialmente propedêutico, que […]
O longo dedo em riste

Tanto o profeta quanto o filósofo estendem seus dedos e apontam: o profeta aponta indicando; o filósofo questionando e salientando. Mas ambos apontam. Ao fazer isso, eles se esforçam para levar ao seu alvo final aquele ato espontâneo da sua infância, quando começou a apontar instintivamente. Ninguém precisa ensinar um bebê a apontar, pois desde […]
Chesterton sequestrado

No ano que vem, vou celebrar 50 anos de leitura das obras de G.K. Chesterton, e um pouco menos de leitura de Tomás de Aquino. Mas apesar da minha satisfação inicial ao ver o autor inglês ser cada vez mais aceito e lido no Brasil, ultimamente tenho mais preocupações do que satisfação. Vejo hoje mais […]
To my anglophone readers…

The lectures on both Virgil and Lucretius have now been added to the “Humanities” menu. I find them to be among the most memorable of the talks.
Um outro sentido da diversidade cristã

Estamos acostumados a ouvir que a prodigiosa multiplicação de denominações cristãs, sobretudo protestantes – algumas estimativas falam de algo perto de 30.000 – é uma evidência de que os cristãos estão irremediavelmente divididos, confusos e fragmentados. Mas, paradoxalmente, cada uma dessas comunidades, às vezes tão diferentes, mantém a existência – em uma ou outra forma […]
The Two Antipodes of Transcendence

Many attempts have been offered to defend the theory that only physical reality is real (so-called ‘naturalism’ or ‘materialism’). Although embarrassingly feeble in argument and often unabashedly ideological in inspiration, the main claim has been that there seems to be no evidence within the world around us that anything beyond mass and energy need exist […]
Eloquência e sapiência – “uneasy bedfellows”

É um lugar-comum que filósofos nem sempre falam ou escrevem bem. As conspícuas exceções, porém, são pensadores com os quais costumo ou discordar profundamente, ou, pelo menos, não avaliar como filósofos marcadamente sábios. Isso me levou a refletir um pouco sobre o assunto. Quando penso nos gigantes incontestados entre os filósofos do mundo ocidental, descubro […]
Essay on the cenoscopic/idioscopic revised and published in the USA

On the Cenoscopic and the Idioscopic The edition available in my list of Essays (under the “Works” menu) is actually more interesting, for it includes a number of illustrations. The text is, with few and very minor exceptions, the same.
Duas lágrimas

Nossas vidas emocionais parecem simples. Choramos, rimos. Toda criança faz isso. Presumimos que sofisticação, paradoxo e mistério sejam reservados para as atividades mais adultas da razão e reflexão. Quando procuramos as dimensões mais profundas do mundo, e as mais furtivas das nossas próprias vidas, nos voltamos para os provedores de sistema e argumento. Deixamos […]
Two Tears

Our emotional lives seem simple – we cry, we laugh. Children can do it. Thus, we presume that matters of sophistication, high discernment and mystery are reserved to the more adult activities of reason. When in pursuit of the deeper dimensions of the world, or the more recondite […]