Wonder, when cultivated, points to Three Wisdoms (philosophical, theological and mystical). It carries us there by generating the three domains of human transcendence: the arts and the humanities, philosophy and the sciences, and finally religion and theology–all of which, to flourish, must remain distinct, but inseparable.
Admiração, quando cultivada, aponta para as Três Sabedorias (filosófica, teológica e mística). Nos leva para elas pela geração dos três domínios de transcendência humana: as artes e as humanidades, a filosofia e as ciências, e finalmente a religião e a teologia–todas as quais, para florescerem, têm que ficar distintas, mas inseparáveis.
From the bud of wonder come the flower of the arts, the fruit of philosophy and the seed of religion
Beginning with the first moment in which a child’s sensorium is awakened to wonder–that great source of all the epiphanies of beauty, visions of truth, and quests of the ultimate good–it remains rooted forever in the human heart. But like all roots, it can be forgotten. Ideally, song and story should flourish, from fable and nursery rhyme to Shakespeare and the music of Bach; rational reflection later ripen like a fruit, from the rampant “why’s” of a child to the meditations of a Chinese lohan or an African Augustine; and finally, from this fruit should emerge the seed of religious quest, where the pilgrimage of wonder leads us finally to the homeland of awe (as Saul became Paul).
The call of wonder from within each of these domains can easily fade when art degrades into willful fancy or wanton technique (with means losing sight of ends); when philosophy fragments into isolated specializations, throwing off orphaned sciences (with insight drowning in information); and when authentic religion evaporates into subjective spiritualities (with sanctity ceding to ‘states of consciousness’).
The three homes and fountainheads of wonder are best preserved by staying in communion one with the other. But that requires effort. This is what I understand to be cultivated, disciplined wonder. As ever-new technologies, specialized sciences and multiple spiritualities fill the world, true wonder is often replaced by titillations and curiosities, and bullied by the pseudo-wonder of mere bigness and power. The ultimate purpose of the arts with the humanities, of philosophy with the sciences, and of religion with theology should be to cooperate by keeping our hearts and minds open to and directed towards the three wisdoms our rational nature seeks. Their sequestration and separation will only leave them adrift and unsure of their identities–something we witness every day. We look on as the arts go crazy, the humanities lose their purpose, philosophy gets flustered, science grows imperialistic, and religion goes sentimental.
Our bodies–hopefully attuned to the rhythms of the real through long, contemplative walks (it was Nietzsche who said all great ideas arise during our strolls)–should in turn have their inner and outer senses and sentiments primed to reality by the arts and the humanities. Only from within this matrix can one safely undertake the pilgrimage to wisdom. This last exists both naturally (philosophically) and in two supernatural modes (theological and mystical). My full reflections on this can be found here: Cenoscopy + Idioscopy
The present site is intended to help us see again the lost connections between these three domains, and to recover the inner coherence that allows this threefold wisdom to arise from their communion.
Do broto da admiração vêm a flor das artes, o fruto da filosofia e a semente da religião
A partir do primeiro momento em que o sensório da criança é despertado para o deslumbramento (a admiração, o espanto) – aquela grande fonte de todas as epifanias da beleza, visões da verdade e buscas do bem supremo –, este permanece para sempre enraizado no coração humano. Mas, como todas as raízes, pode ser esquecido. Idealmente, canções e estórias devem florescer, desde as fábulas e cantigas infantis até Shakespeare e a música de Bach; a reflexão racional amadurecer como uma fruta, desde os frenéticos ‘porquês’ de uma criança até as meditações de um lohan chinês ou um africano como Agostinho; e, finalmente, desta fruta emergir a semente da busca religiosa, em que a peregrinação da admiração nos leva a nossa terra natal de adoração (como Saulo se transforma em Paulo).
O chamado da admiração em cada um desses domínios pode facilmente morrer quando a arte degrada-se em capricho e tecnologias desenraizadas (nas quais os meios perdem de vista os fins); quando a filosofia fragmenta em especializações isoladas e ciências órfãs (nas quais a sabedoria afoga-se na informação); e quando a religião autêntica evapora em espiritualidades subjetivas (nas quais a santidade cede lugar aos ‘estados de consciência’).
Os três lares e mananciais da admiração são mais bem preservados pela comunhão contínua um com o outro. Mas isso requer esforço. Isto é o que eu entendo por admiração disciplinada. Assim como sempre novas tecnologias, ciências individuais e múltiplas espiritualidades enchem o mundo, a verdadeira admiração é substituída por meros flertes e curiosidades, e intimidada pelo pseudo-deslumbramento da grandeza e poder. A finalidade das artes com as humanidades, da filosofia com as ciências, e da religião com a teologia, é cooperar em manter nossas mentes e corações abertos e dirigidos às três sabedorias almejadas por nossa natureza racional. Sua sequestração e separação só vão desencaminhá-las, ao vermos as artes se enlouquecem, as humanidades perderam seu propósito, a filosofia ficar perplexa, a ciência imperialista e a religião pegajosa.
Nossos corpos (sintonizados com o real através de longas caminhadas contemplativas) serão preparados em seus sentidos e sentimentos interiores e exteriores pelas artes e as humanidades. A partir desta matriz, podemos começar nossa peregrinação rumo à sabedoria. Sabedoria existe tanto em uma forma natural (filosófica) quanto em dois modos sobrenaturais (teológica e mística) Minhas reflexões sobre tudo isso achará aqui: Cenoscopy + Ideoscopy
O propósito deste site é ajudar-nos a ver de novo as conexões perdidas entre os três domínios, e resgatar uma coerência que é perfeitamente capaz de coabitar com complexidade.
About the author / Sobre o autor
Scott Randall Paine
Brasília, Brasil
- Ordination: 1983 by Pope St. John Paul in Rome
- Diocesan priest in archdiocese of Brasilia
- Doctorate in philosophy, 1988, in Rome
- Professor of Philosophy at the University of Brasilia
- srpaine@gmail.com